Caminhadas sem destino nos levam a locais belos, mas mesmo os locais mais belos do mundo podem ser profanados por mentes perversas e infelizmente eu possuía uma mente nada agradável, eu já havia estado ali antes mas nunca tinha visto a albina ali deitada e despreocupada, mas certas coisas me intrigavam, perguntas com respostas ocultas que um dia escreverão meu destino, eu sabia que minhas horas em Konoha estavam acabando e que minhas missões não-autorizadas se revelariam a todos, eu seria visto como um traidor embora eu tenha feito tudo pela paz do Templo que um dia eu roubei, mas isso é uma historia para outro dia. O importante é que a albina era chegada da líder da Anbu Ne, a pessoa que eu julgava ser a mais misteriosa e poderosa de Konoha e se tinha alguém que sabia o porque de todo esse mistério e como controla-lo era ela, afinal ninguém iria visitar uma casa tenebrosa de doces sem motivos.
Me aproximei da garota, bem em sua frente para tampar completamente a visão do sol que ela poderia estar tendo. - Uma linda garota em uma linda paisagem, estou em uma das pinturas de Da vinci? - Perguntei, sorrindo como sempre, porque eu sabia que eu iria possui-lá ali e não importava o fato dela ter me rejeitado antes, agora era diferente o destino estava de olho nesse jogo e era a minha vez de me mover o tabuleiro.

Ela realmente era bela, e quando tentava ser gentil fazia meu coração palpitar, não estava apaixonado mas o fato de tentar engana-la para ter o que quero me deixava aflito e triste, mas eu não posso dar as costas ao meu bem estar. Olhei para ela, arqueando as sobrancelhas e franzindo o cenho quando escuto meu mais novo apelido, ele me lembrava outras coisas além do meu nome, mas se para ela parecia adequado que mal poderia ter?.
- Da vinci não pintava homens. - Disse a ela enquanto a via se movimentar graciosamente, eu poderia ser um boboca que falava coisas sem sentido e piadinhas sem graça mas eu era bem inteligente. - Um passarinho me contou que uma mulher estava sem companhia, e como um cavalheiro estonte que sou eu não podia deixar isso barato. - Disse enquanto me sentava ao seu lado, olhando para o sol e a cachoeira e então comecei ali o meu primeiro discurso em busca de informações dentro de um coração.
- Ei olha, por antes me desculpe. Fiquei um pouco irritado pelo fato de você não ter gostado do beijo, mas agora eu estou totalmente bem com isso... É que nunca foi fácil para mim ser rejeitado. - Contei o pequeno pedido de desculpas de forma sincera embora tudo ali fosse uma mentira, eu não estava nada bem com o fato de ela não ter gostado do beijo, e quando eu era rejeitado antigamente não era muito importante diante a todo resto. Me virei e olhei para seu rosto, a sua face parecia tão sensível, tão frágil que se eu toca-se iria se quebrar, e aquela junção de cores que a formavam só a faziam realmente parecer uma pintura. - Mas chega de falar de mim, o que você faz quando não esta encantando os homens a sua volta? - Falei olhando para seus olhos vermelhos vibrantes.

Eu não tinha percebido até então, ela tinha um olho de vidro, e eu realmente não sabia como pude ignorar meu reflexo ali por tanto tempo, escutei as palavras meigas e gentis, o que ela disse não fazia nenhum sentido, como esperar sentimentos de um diferente? Eu não podia ama-la eu não podia fazê-la ficar louca porque ela queria um amor desconhecido através de um beijo forçado? Besteira, eu faço qualquer coisa por informações e pela minha vida e é por isso que eu estava aqui. Ela me fez uma pergunta se baseando na minha, diferente mas legal de certa forma. - Abraço árvores... - Respondi me lembrando de Olíva, sorrindo enquanto se abraçava em minhas pernas, e falava sobre sua primeira redação escolar, o assunto estranhamente era árvores. - Uma piada interna. - Disse quando percebi que ela não entenderia nada, pensar na minha irmã fazia meu rosto entristecer enquanto minha cabeça abaixava, olhando para a grama molhada como um menino com medo de falar com sua amada.